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Ilunimação | Como funciona

Na realidade de muitas igrejas, as cantatas, apresentações, teatros e outros eventos merecem uma atenção especial com relação a iluminação cênica. Muitas vezes no improviso e com equipamento semi profissional, a busca da excelência em fazer algo bem feito para Deus e que cause impacto no público, pode nascer uma demanda por esta equipe. A iluminação precisa atuar próximo ao ministério de Artes e dar apoio aos demais eventos e ministérios. Nesta área, o ideal é que sempre haja um envolvimento de um profissional deixando a parte básica de afinação, cores, posicionamento para os voluntários.

Para mais informações entre em contato conosco através do e-mail: iluminacao@pibcuritiba.org.br.

COMO FUNCIONA

Veja como é simples. Iluminação cênica é um pouco diferente de você ligar lâmpadas direto na tomada ou ligar ou desligar um interruptor, mas em essência é algo parecido. A diferença está em alguns equipamentos ou etapas necessárias entre ‘energizar’ e controlar sua iluminação. Mas atenção: muito cuidado ao lidar com instalações elétricas, cabos, tomadas pois há o risco de choque elétrico!

ENERGIA ELÉTRICA

A grosso modo, a energia elétrica que vem do poste, de uma subestação ou gerador vai para um quadro de força. Você conhece também como disjuntor ou chave de força, chave elétrica ou chave de luz.

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Na foto aparece alguns disjuntores. O disjuntor maior, por exemplo, tem capacidade para 400 A (amperes – medida de corrente elétrica). Esse disjuntor em particular controla a alimentação dos dimmers e algumas tomadas. Ali estão também alguns outros disjuntores que controlam as tomadas e iluminação de outras salas, como o estúdio. 

DIMMER

Ligando este disjuntor nós temos alimentação nos DIMMERs. Dimmer vem do inglês e quer dizer atenuação, controle de intensidade. Basicamente é uma de suas funções, controlar a quantidade de energia que passa por ele e vai até as lâmpadas. Além do controle de atenuação, ou dimerização, ele liga e desliga e permite a programação de várias situações, como por exemplo, limitar a potência de saída para as lampadas em 90%. O Dimmer trabalha em canais. Em cada canal, dependendo da potência, você pode ligar um determinado número de lâmpadas. Você precisa agora é controlar como esse dimmer trabalha, como e quais canais acendem, assim por diante. (Se quiser, apesar de não ser nada prático, há a possibilidade de ficar apertando seus botõezinhos).
Existem dois tipos de dimmers: os analógicos, que possibilitam o controle das luzes apenas por uma mesa e os digitais, que permitem a utilização do protocolo DMX, aumentando o número de canais por cada cabo (512 canais), redução de ruído e controle pelo computador.

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       FOTO 3 Dimmer Digital de 12 canais da CI TRONICS  

QUADRO DE JUMPEAMENTO ou JUMPER BAY

A energia é distribuida através do dimmer para outras tomadas que estão espalhadas pelo BOX TRUSS frontal e em outros lugares perto das barras que ficam acima do palco. O JUMPER BAY se dá a partir da seguinte forma: a energia do dimmer é distribuída para um quadro(1) com tomadas tripolares de acordo com o dimmer e canal. Ao lado desse quadro, há um outro quadro(2) com tomadas que fazem conexão com as tomadas do BOX TRUSS e as perto das barras. Esses quadros permitem a escolha tomada/canal/dimmer, ou seja, permite que você diga que a primeira tomada situada no BOX TRUSS irá ficar no canal 5 do dimmer 1 em conjunto com a tomada de uma barra que está acima do palco, com o uso de um cabo paralelo. Em cada tomada, a energia, deste modo está em 220 volts. Cada canal permite o agrupamento de duas tomadas e depois dividir novamente com o auxílio de cabos serial e paralelo, ou usar apenas uma tomada.

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Quadro (1) à esquerda e quadro (2) à esquerda.

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Cabos de conexão entre quadro (1) e (2). 

COMUNICAÇÃO EQUIPAMENTOS x CONTROLE

Do dimmer saem vários cabos (extensões) que alimentam as lâmpadas, e sai um cabo de sinal DMX – OUT que o liga diretamente ao computador e outra saída DMX – THROUGH que faz a ligação escrava (função slave) entre o dimmer e outros dimmers ou equipamentos. DMX é um protocolo de transmissão de informações que permitem a conversação entre dimmer, moving heads, parLEDs, máquinas de fumaça, dentre outros equipamentos que tenham sinal digital (saída DMX) e o computador (ou mesa de iluminação) e assim dizer ‘acenda canal 2’, apague canal 11, diminua 20%, pisca, etc. É claro que tudo isso depende dos recursos disponíveis na mesa e/ou software. O software é uma solução muito útil para produções de médio porte, pois além de ser mais viável, permite o controle de vários canais, memorizar cenas e setups bem como acionar tudo isso de maneira prática e rápida. Pode ainda trabalhar de acordo ao decorrer de um determinado tempo através de um contador MIDI ou timepiece(‘timeline’ ou ‘track’). Com isso é possível sincronizar música e video e outras funções com a iluminação. Os softwares também são muito práticos na programação de moving heads (ou moving lights) as quais possuem vários atributos (canais) como disca de cor, dimerização, disco de gobos, iris, zoom, etc.

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Na foto o computador que usamos bem como seu software estão desligados para manutenção. O operador Lauro está controlando a iluminação através de uma mesa de 24 canais. É uma mesa simples e através dos botões ele controla a intensidade, blackout e pode memorizar algumas cenas também. A outra imagem mostra a interface DMX/USB que faz a conecção equipamentos x computador. E atrás está a imagem da tela de comando do software de controle.  

CABEAMENTO

Falaremos aqui um pouco sobre cabos e extensões.

CABOS: Energia x Sinal

CABOS: Energia x Sinal No sistema de iluminação existem dois tipos de cabos, os que transmitem energia: extensões, paralelos, série e etc; e os de sinal: cabos DMX(que dependendo das circunstâncias pode ser usado cabo de microfone – XLR).
Os cabos de energia são divididos em alguns itens:
-Extensões: como o próprio nome diz, aumentam distância entre uma tomada e um equipamento.
-Multicabos: são várias extensões encapadas como se fosse uma só extensão e geralmente tem um grande comprimento.
-Serial: os cabos ‘série’ tem um plug macho e dois fêmeas.A ligação é feita de forma que a tensão seja dividida em cada plug. Então se colocamos um cabo série em uma tomada 220 volts cada plug fêmea oferecerá 110 volts.
-Paralelo:o princípio do paralelo é semelhante ao série, no entanto, ele não divide a tensão, ela permanece a mesma.
É preciso tomar um cuidado com os cabos de sinal, quando o dos comprimentos dos cabos DMX-IN, DMX-OUT e DMX-THROUGH for extremamente grande o ideal é usar um splitter, que é um multiplicador de sinal. Geralmente possui uma entrada DMX que é a que vem do computador e 4 saídas para os demais aparelhos. Ele limpa o sinal, tira ruídos e impede com que haja a perca de sinal quando chegar aos equipamentos.

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Imagem de um multicabo, um DMX e um splitter.  

EQUIPAMENTOS

Aqui citaremos e explicaremos alguns equipamentos, no entanto, atualmente as opções são imensas.

LÂMPADA PAR

O refletor PAR (Parabolic Aluminized Reflector) tem seu nome a partir de sua estrutura, com um espelho parabólico e seu casco de alumínio.Dentre as potências das lâmpadas, citamos as seguintes:
· 150 watt: PAR38.
· 300 watt: PAR56.
· 500 watt: PAR56(Q) and PAR64.
· 1000 watt: PAR64(Q).
A que usamos é a PAR64 pela necessidade de uma luminosidade extrema devido as grandes dimensões do palco. Existem três tipos de lâmpadas/focos:
-Foco 1: produz um facho concentrado de luz.
-Foco 2: produz um risco, que pode ter suas direção mudada através da rotação da lâmpada.
-Foco 5: produz o efeito chamado de wash, que não há um foco, ou seja, tira a concentração de luz do centro para a periferia.
ATENÇÃO: Não se esqueça de chegar a voltagem das lâmpadas. Ao colocar uma lâmpada 110 volts em uma tomada 220 volts a lâmpada irá queimar, ao colocar uma lâmpada 220 volts em uma tomada 110 volts, a lâmpada ficará fraca. Isso vale para lâmpadas quaisquer forem e equipamentos.

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Imagem do casco do Refletor Par64 Imagem das lâmpadas com foco diferenciado.  

FRESNEL

O Refletor Fresnel é muito utilizado para fazer o banho de palco, ou seja, fazer a iluminação/cobertura do palco inteiro. Sua vantagem é sua luz semi-difusa que permite a iluminação do palco mais facilmente do que com o Par64 e produz uma sombra menos delineada.

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 Refletor Source Four Fresnel  

ELIPSOIDAL

Os Refletores Elipsoidal tem sua vantagem vinda da possibilidade de regular o foco, de uma borda dura, focada, até um efeito sem borda, efeito frost. Também é bastante utilizado pela variação do ângulo do facho que pode ser desde 10º até 90º; alguns elipsoidais têm seu ângulo fixo e outros regulavéis, por exemplo, de 25º a 50º. São bastante utilizados para áreas bem delimitadas(cortes) ou até mesmo para o uso de gobos(desenhos).

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Refletor Source Four Zoom (Elipsoidal)  

SETLIGHT

SETLIGHT Os setlights são usados para iluminar cicloramas, ou seja, fundos brancos em forma côncava, assim como paredes ou em qualquer necessidade de um grande ângulo de abertura.

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 Imagem de um Refletor Setlight  

MINIBRUT

Minibrut ou Blinder é um refletor comumente usado em show em que há a necessidade de iluminar um grande público. Também é usado para efeitos teatrais de explosão e momentos apoteóticos. Existe em tamanhos diferenciados: 2, 4, 6 ou 8 lâmpadas. A lâmpada utilizada é a PAR36 de 650w ou os mais modernos são de LED.

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Minibrut para 6 lâmpadas e Minibrut de LED  

MOVING HEADS

MOVING HEADS As Moving Heads ou Moving Lights são equipamentos digitais e motorizados que permitem o direcionamento do foco de luz computadorizadamente. Além dessa atribuição, também permite:
-Dimerização
-Strobo
-Mudança de cor: disco de cor e mistura CMY
-Gobos
-Rotação de gobos e prisma
-Íris e Zoom
-Prisma
-Foco
-Frost
-Outros
As moving heads são imensamente utilizados em shows, espetáculos teatrais, etc pela grande gama de efeitos. Existem atualmente três tipos de moving heads:
-Moving Head Spot
-Moving Head Wash
-Moving Head Beam

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Moving Head Colorspot 1200 EAT ROBE.  

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Imagem ilustrativa do efeito das moving heads.  

TECNOLOGIA LED

Os equipamentos tradicionais demandam de grande consumo de energia levando a uma grande conta de energia. Devido a isso foi desenvolvida a tecnologia LED que apesar de nem sempre substituir em luminosidade as lâmpadas convencionais, são super eficientes com cores e oferecem um baixo consumo de energia. Com o sucesso da nova tecnologia foram desenvolvidos vários equipamentos de LED, desde parLEDs, ribaltas( que fazem o papel dos setlight) até as moving heads de LED.

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ParLED(com tecnologia QUAD) 

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Moving Head Wash LED  

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Ribalta LED  

MÁQUINA DE FUMAÇA/HAZER

As máquinas de fumaça são usadas para efeitos teatrais como aparições, por exemplo. Já as hazers são usadas mais em shows. A grande diferença é a densidade na névoa/nuvem; as máquinas de fumaça proporcionam uma grande nuvem grossa de fumaça, impossibilitando a visão através dela e consequentemente prejudicando a filmagem. Já as hazers fazem um nevoeiro suave para tornar os focos das luzes bem delineada porém não atrapalhando a filmagem.

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Máquina de Fumaça(acima) e Hazer(abaixo)  

CANHÃO SEGUIDOR

O canhão seguidor tem uma função muito importante: iluminar ‘elementos móveis’, sejam pessoas ou seja um elemento cenográfico, por exemplo, um carro. Ele conta com ajuste de foco, íris e ‘dimerização’, assim como algumas opções de gelatinas. Existem Canhões seguidores motorizados e que podem ser controlados via console ou computador. Podem ter lâmpadas desde 575 watts até 2500 watts.

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22 Imagem de um Canhão Seguidor  

ESTRUTURA

Conhecendo as estruturas de suporte e seus auxiliares.

ESTRUTURA METÁLICA (Q30) ou BOX TRUSS

As estruturas metálicas são usadas em eventos, shows, etc pela facilidade que elas trazem. As Q-30 são usadas para construir palcos e principalmente para sustentar equipamentos como caixas de som e equipamentos de iluminação.

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TALHAS MANUAIS E ELÉTRICAS

A função das talhas elétricas ou manuais é levantar objetos pesados ou de difícil lomoção, oferecendo mais segurança aos usuários. No nosso caso, ela serve para levantar e sustentar os BOX TRUSS. A vantagem delas é que permite instalar os equipamentos de luz a uma baixa altura e posteriormente erguer o BOX TRUSS na altura desejada.

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Talha Manual (em cima) e Talha elétrica (em baixo)  

GARRAS E ALGEMAS

As garras e algemas são os instrumentos usados para a fixação dos equipamentos de iluminação nos Q-30. As garras são mais comuns em equipamentos mais leves e as algemas em equipamentos mais pesados como moving heads.

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Garra (em cima) Algema (em baixo) 

OPERANDO

Aqui mencionaremos levemente aos procedimentos de operação e programação dos equipamentos em consoles(mesas) ou softwares.

CONSOLE

Cada console tem sua plataforma de operação diferenciada uma da outra. Porém existem alguns mecanismos que são padrão entre eles. Todo o sistema que será mencionado é baseado na plataforma do console Avolites Pearl 2008.
-Modos de operação
As mesas de médio e grande porte possuem três modos de operação: sistema, programação e ao vivo. No modo sistema a mesa se limita a configurar a mesa, seja apagando shows passados ou mudando modos de fuincionamento ou etc. No modo de programação o console fica livre em todas suas
funções permitindo assim que todas cenas, tracks, função MIDI dentre outros, sejam configurados para de acordo com as necessidades do evento. No modo ao vivo, porém, se limita a obedecer apenas aos comandos programados anteriormente impedindo a edição de cenas, evitando eventuais erros.

 

  • Configurando os equipamentos

Os consoles possuem personalidades de cada equipamento, ou seja, um arquivo que define o que ele é: analógico(DIMMER) ou digital e assim possibilitando fazer a comunicação dos canais e presets pré-estabelecidos nos dimmers e equipamentos, com a mesa. Uma das grandes vantagens das mesas são seus botões de atributos, que controlam por exemplo: dimmer, strobo, pan e tilt, gobo, cor, CMY, etc; facilitando portanto a utilização das vantagens dos equipamentos.

  • Cenas e chases

As cenas e chases são funções básicas de cada mesa e softwares. As cenas são os ‘cenários’ das luzes, que foram configurados e armazenados na memória da mesa e é acionado por um fader. Os chases são um conjunto de cenas que são executadas sequenciamente.

SOFTWARES
Cada software tem sua plataforma de operação diferenciada uma da outra. Porém existem alguns mecanismos que são padrão entre eles. Do mesmo modo que as mesas, ele possui modos de operação (se restringindo a programação e ao vivo apenas); configuração de equipamentos,cenas e chases. Eles têm a mesma facilidade do que os consoles, no entanto, as mesas têm uma acessibilidade maior por conta do número de faders e botões, o que no computador não acontece, tendo que usar apenas um mouse.
Um diferencial dos softwares que apenas as mesas de grande porte possuem são as ferramentas ‘timelines’ e o MIDI que inclusive podem ser usadas em conjunto. As timelines de cada software variam em suas configurações, no entanto, a ideia é a mesma: Reproduzir ‘cenários’ variados, pré -programados em uma timeline. Essa função é bastante usada em shows, espetáculos teatrais e etc, para que as luzes sejam acionadas automaticamente sem que o lighting designer tenha que ficar acionando cenas ou chases. O MIDI atua em conjunto com as ‘timelines’. O MIDI é um sinal que é enviado por computador, o mesmo sinal usado na música, que dirá ao computador que comece a executar a timeline.

 

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Exemplos de consoles de controle de iluminação. Avolites Pearl 2010, GrandMA full size e Wholehog III respectivamente.  

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Telas dos softwares de controle de iluminação. Daslight 2 e Sunlite Suite 2 respectivamente.